sexta-feira, 4 de julho de 2008

34. Use as perdas e erros do passado como uma razão para agir, não para parar.Charles J. Givens


CONSIDERANDO O MEDO

Coisa alguma se te afigure apavoradora. A vida são as experiências vitoriosas ou não, que te ensejem aquisições para o equilíbrio e a sabedoria. Não sofras, portanto, por antecipação, nem permitas que o fantasma do medo te perturbe o discernimento ante os cometimentos úteis, ou te assuste, gerando perturbação e receio injustificado. Quando tememos algo, deixamo-nos dominar por forças desconhecidas da personalidade, que instalam lamentáveis processos de distonia nervosa, avançando para o desarranjo mental. Os acontecimentos são conforme ocorrem e como tal devem ser enfrentados. O medo avulta os contornos dos fatos, tornando-os falsos e exagerando-lhes a significação. Predispõe mal, desgasta as forças e conduz a situação prejudicial sob qualquer aspecto se considere. O que se teme, raramente ocorre como se espera, mesmo porque as interferências Divinas sempre atenuam as dores, até quando não são solicitadas. O medo invalida a ação benéfica da prece, esparze pessimismo, precipita em abismos. Um fato examinado sob a constrição do medo, descaracteriza-se, um conceito soa falso, um socorro não atinge com segurança. A pessoa com medo, agride ou foge, exagera ou se exime da iniciativa feliz, torna-se difícil de ser ajudada e contamina, muitas vezes, outras menos robustas na convicção interna, desesperando-as, também. O medo pode ser comparado a sombra que altera e dificulta a visão real. Necessário combatê-lo sistematicamente, continuamente. Doenças, problemas, noticias, viagens, revoluções, o porvir não os temas. Nunca serão conforme supões. Uma atitude calma, ajuda a tomada de posição para qualquer ocorrência aguardada ou que surge inesperadamente. Não são piores umas enfermidades do que outras. Todas fazem sofrer, especialmente quando se as teme e não se encoraja a recebê-las com elevada posição de confiança em Deus. Os problemas, constituem recursos de que a vida dispõe para selecionar os valores humanos, e eleger os verdadeiros dos falsos lutadores. As noticias trazem informes que, sejam trágicos ou lenificadores, não modificam, senão, a estrutura de uma irrealidade que se está a viver. As viagens tem o seu final, e recear acidentes, aguardá-los, exagerar providências, certamente não impedem que o homem seja bem ou mal sucedido. As revoluções e guerras que alcançam bons e maus, estão em relação a violência do próprio homem que, vencido pelo egoísmo, explode em agressividade, graças aos sentimentos predominantes em a sua natureza animal. Ninguém pode prever o imprevisto ou evadir-se a necessária conjuntura cármica para o acerto com as leis superiores da evolução. Prudência, sim, é medida acautelatória e impostergável, para se evitar danos inecessários. Afinal, em face do medo, deve-se considerar que o pior que pode suceder a alguém, é advir a desencarnação. Se tal ocorrer, não há, ainda, porque temer, desde que morrer é viver. O único cuidado que convém examinar, diz respeito à situação interior de cada um perante a consciência, ao próximo, à vida e a Deus. Em face disso, ao invés de sistemático cultivo do medo, uma disposição de trabalho árduo e intimorato, confiança em Deus, afim de enfrentar bem e ultimamente toda e qualquer coisa, fato, ocorrência, desdita... Entrega-te ao fervor do bem, expulsa d’alma as artimanhas da inferioridade espiritual. Faze luz íntima e os receios fundados baterão em retirada. A responsabilidade dar-te-á motivos para preocupações, enquanto o medo minimizará as tuas probabilidades de êxito. Jesus, culminando a tarefa de construir nos tíbios corações humanos a ventura e a paz, açodado pelos famanazes da loucura em ambos os lados da vida, inocente e pulcro, não temeu nem se afligiu, ensinando como deve ser a atitude de todos nós, em relação ao que nos acontece e de que necessitamos para atingir a glorificação interior.
[Joanna de Ângelis][Divaldo Franco][Leis Morais da Vida][Editora LEAL]

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