DESFAÇO-ME
Margaret Pelicano
Desfaço-me dos laços que aprisionam
a alma imberbe; que proclamam
escravidão a toda verve,
que destróem sentimentos,
sensações velhas ou infantes...
Desfaço-me das flores falsas,
das duas luas de agosto,
do uivo do lobo da montanha,
da gavião que quer ser águia real,
das florestas de uma só semente...
Desfaço-me de tudo que é irreal
na procura constante da água que banha
o espírito indolente,
para que ele acorde e transponha
as alças da ignorância latente...
Desfaço-me do vivo-morto
que só trabalha e tem desconforto,
que nada lê, nem entende,
que tudo quer ensinar
e com tudo se ofende...
Desfaço-me do crítico que nada constrói,
de quem quer ser perfeito,
do sujeito que só pensa no leito,
sem pensar no leite...
só pensa em nádegas a declarar!
Quero me desfazer da burrice crônica
que me ronda sem parar,
das bobas bulas de remédio,
dos remédios que matam,
das conversas sem sentido...
Uso a poesia para desabafar!
Desfaço-me do bafo,
das implicâncias,
dos mandonismos
dos polí/políticos especuladores da nação!
E a lista não tem fim...
De tanto me desfazer,
penso em desfazer-me de mim...
não me emocionaria pela criança abandonada,
pelo animal maltratado...
pelo velho sem família,
pelo pouco voluntariado,
pelos analfabetos,
pelas escolas que não profissionalizam...
Desfaço-me aos poucos, melhor assim...
Brasília - 23/08/2008
Margaret Pelicano
Desfaço-me dos laços que aprisionam
a alma imberbe; que proclamam
escravidão a toda verve,
que destróem sentimentos,
sensações velhas ou infantes...
Desfaço-me das flores falsas,
das duas luas de agosto,
do uivo do lobo da montanha,
da gavião que quer ser águia real,
das florestas de uma só semente...
Desfaço-me de tudo que é irreal
na procura constante da água que banha
o espírito indolente,
para que ele acorde e transponha
as alças da ignorância latente...
Desfaço-me do vivo-morto
que só trabalha e tem desconforto,
que nada lê, nem entende,
que tudo quer ensinar
e com tudo se ofende...
Desfaço-me do crítico que nada constrói,
de quem quer ser perfeito,
do sujeito que só pensa no leito,
sem pensar no leite...
só pensa em nádegas a declarar!
Quero me desfazer da burrice crônica
que me ronda sem parar,
das bobas bulas de remédio,
dos remédios que matam,
das conversas sem sentido...
Uso a poesia para desabafar!
Desfaço-me do bafo,
das implicâncias,
dos mandonismos
dos polí/políticos especuladores da nação!
E a lista não tem fim...
De tanto me desfazer,
penso em desfazer-me de mim...
não me emocionaria pela criança abandonada,
pelo animal maltratado...
pelo velho sem família,
pelo pouco voluntariado,
pelos analfabetos,
pelas escolas que não profissionalizam...
Desfaço-me aos poucos, melhor assim...
Brasília - 23/08/2008
2 comentários:
Margaret ontem te achei, sorrindo num poema lindo como sempre.
Te quero muito amiga, beijos de flor e bênçãos de luz em teu caminho.
Inês
Menina, que saudade de vc, que dia q. ficou lindo com sua presença na minha telinha! Abração na alma linda
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