A palavra, esse instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens
nem sempre utilizada pela união e paz.
Poucos são os que dela se valem para construir esperanças,
balsamizar dores e traçar rotas seguras
que não sejam sindividuais.
Fala-se para "matar tempo", por diversão, para instigar,
convertendo palavras em estilete inclemente,
em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.
Verosímil gota de luz a boa palavra controla conflitos
e resolve dificuldades se plantadas em terra fértil
por missionários imbuídos de alicerçar a essência do pensamento humano.
Há quem pronuncie palavras doces
com lábios encharcados de fel,
há enfermos em demorado processo de reajuste,
há Hitleres hipnotizando multidões enceguecidas
que arruínam nações contra nações.
Se guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra
cabe às pessoas lúcidas e sensatas minimizar o veneno damaledicência,
CRENDO que tudo destruído pode ser restaurado pela fé.
Treinemos a tolerância da fragilidade
que é nossa antes de alheia,
tal como a censura,
a injustiça parida na voz do reproche inoportuno.
O desejo de reeducar, reparar erros,
não seja dirigido a outrem antes de a nós mesmos.
A palavra torpe como qualquer censura contumaz viciosa
que avilta o caráter de quem com isso se compraz
devemos evitá-la mudando pensamentos negativos,
abrindo o coração ao amor
e a mente às luzes da misericórdia divina,
em conivência com o Evangelho de Lucas
"A boca fala do que está cheio o coração".
Inês Marucci
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