terça-feira, 9 de dezembro de 2008

88. UM SALTO PARA O FUTURO...

SEMPRE CORRENDO ATRÁS DO TEMPO
Margaret Pelicano

Tudo passa, tudo voa,
já fomos e já voltamos
e continuamos
a contar os nascimentos e as mortes:
o amor que chegou e partiu,
a fome que não acaba
a criança violentada
o velho desamparado,
a guerra que destrói a essência,
a terra envenenada,
os animais incompreendidos,
as mentes complicadas...
E não mudamos!
Para que mudar?
A mesmice se espalha!
E continuamos a lamentar as perdas!
Mas não mudamos!
A vida avança lentamente,
a passos trôpegos,
carregando um fardo enorme
conforme sejam os tropeços!
Exatamente por que não mudamos!
As pedras pequenas se fazem maiores
para justificar os enganos
o líquen de pele eternamente incomodando,
as coceiras ferem
perturbam o que é peculiar...
...e os comportamentos são os mesmos!...
Complacente nosso Deus nos suporta:
'ser deprimente, sempre matando e destruindo,
só contando os mortos,
só enumerando o que vai morrendo,
sempre no prejuízo,
sempre correndo atrás do tempo! '

Brasília - 09/12/2008...



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